Ontem, depois de escrever sobre o programa Toddlers & Tiaras dei por mim a pensar em mil e uma coisas relativas à televisão.
Quando entrei para a faculdade estávamos no auge da época Big Brother em Portugal, e muitas foram as aulas em que esse assunto veio à baila, ou não estivéssemos nós num curso de jornalismo...
Apesar das críticas que possamos fazer ao programa, a verdade é que Portugal seguiu com entusiasmo a primeira série, corria o ano de 2000, e a final conseguiu uma esmagadora audiência de 70%! Era a grande novidade do momento!
Nos EUA, o fenómeno da Reality TV crescia já a olhos vistos, depois de iniciado também com o Big Brother e o Survivor. O cinema trazia-nos filmes como o Truman Show, com o Jim Carey na pele de um vendedor que afinal era estrela de um reality show sem saber, e o Ed TV, com o Matthew McConaughey no papel de falhado que se torna numa estrela graças à reality TV.
Nessa época, lembro-me de ver ambos os filmes e pensar que seria impossível qualquer uma daquelas histórias de facto acontecer. Como eu estava errada!
É certo que não se conhecem casos de reality shows em que as pessoas estejam a ser gravadas sem saber, como no Truman Show, embora acredite que essa possibilidade tenha sido estudada por diversos canais...
Já o caso do Ed TV é bem diferente. Basta olhar para as grelhas de TV americanas para ver a quantidade de programas que há do género!
Desde as Kardashians às Real Housewives vindas de todos os cantos dos EUA, passando pelo Jersey Shore, pelo 16 and Pregnant e pelo Teen Mom, os exemplos sucedem-se em inúmeros canais televisivos. E acho que estes cinco programas não correspondem sequer a 10% da totalidade de reality shows exibidos por cá... O material é tanto que dava para fazer uma série de teses universitárias sobre a temática!
No meio disto tudo, continua a chocar-me que se usem crianças neste tipo de programas. Recentemente, a TLC decidiu terminar com o programa Kate plus 8, que conheci pouco tempo depois de vir para Nova Iorque através de um documentário sobre a família Gosselin. É incrível ver como aquela mãe, enfermeira de formação, que tudo o que queria era ser mãe e ter uma família numerosa, acabou por transformar-se numa fame addict, mais preocupada em continuar a aparecer na televisão do que em manter a sanidade mental dos seus oito filhos.
E confesso que me incomoda quando ela diz que agora está desempregada e não sabe como vai continuar a sustentar as crianças... Ora, eu não percebo nada de cachês televisivos, mas acredito que ela tenha ganho uma bela fortuna ao longo das oito séries produzidas. Pelo menos, o suficiente para poder criar os filhos, mandá-los para boas escolas e faculdades e proporcionar-lhes uma boa educação longe das câmaras. O que estas mães parecem não querer entender é que no final, o que interessa é o bem estar das crianças e não a fama ou as audiências.
Este é um dos vídeos promocionais do último programa, que foi para o ar no dia 12 de Setembro.
6 comentários:
desculpa a pergunta
quem é esta kate? porque aparecem?
penso que aquela que também montes de gémeos também tinha um programa do género
entretanto divorciou-se não?
(fui ver ao youtube o que havia)
Olá Ana!
A Kate é a mãe dos 6 gémeos, foi por isso que fizeram o programa, que na época se chamava John and Kate plus 8 (os oito filhos do casal).
Em 2009 eles divorciaram-se (vá-se lá saber porquê...) e o programa esteve para ser cancelado, mas como ainda tinha boas audiências fizeram mais duas séries só com a Kate e os miúdos. Mas parece que as audiências foram piorando, talvez porque já não havia dinâmica de casal ou porque os miúdos já estão crescidos e começam a perder a graça, e a TLC decidiu acabar com o programa.
obrigada não fazia ideia.
Bem para os americanos basta fazer miúdos, logo aos seis e pumba, audiência.
Não havia um da outra, morena que tinha também gémeos e que diziam que era parecida com a jolie?
fiquei com essa ideia quando ela foi a Oprah
Confesso que era fã do programa! Acho os miúdos um máximo!!!
O programa passa cá em tuga e quando o descobri, já eles estavam devorciados (pelo que eu percebi), mas também pouco percebia daquilo e nem me dava ao trabalho de ver pois apercebi-me que era um programa que não fazia o meu género!
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