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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Jantarinho no Pastis

Ontem foi o nosso último jantar desta primeira temporada aqui em Nova Iorque. Hoje, ao final do dia, voamos para Lisboa, o que também é bom porque vamos poder matar saudades da família e dos amigos.
Infelizmente, não temos ainda o apartamento alugado (ou melhor, a 'despensa') e, por isso, temos de levar as tralhas todas de volta... As malas pesam chumbo!
Aproveito então estes últimos minutos para vos mostrar o Pastis, o tal restaurante onde fomos jantar. Fica no Meatpacking District e é um dos restaurantes da moda por aqui, ou não tivesse sido aproveitado como cenário para, pelo menos, um dos episódios do 'Sexo e a Cidade'. Mais precisamente, aquele em que a Carrie vai a um brunch com os amigos elitistas de Aleksandr Petrovsky. 
Séries à parte, o Pastis é um restaurante com um ambiente intimista, inspirado nos cafés franceses. Serve desde brunchs, que são muito elogiados, a jantares. Foi precisamente à noite que lá fomos, tivemos de esperar ainda uns 20 minutos por uma mesa porque o sítio é concorrido, mas valeu a pena. 
Pedimos um chevre gratinado e umas vieiras que estavam excelentes! E depois, degustámos uma muito bem servida tábua de queijos! 
Foi uma boa forma de me despedir da cidade. Mas por pouco tempo! Agora, vou ficar em Portugal para tratar de burocracias, mas dentro de um mês cá estarei, novamente, para viver a magia do Natal na Big Apple! Entretanto, vou continuar a colocar aqui no blog as fotos dos inúmeros sítios que ainda não vos mostrei! Quando voltar, espero já termos uma despensa a que possamos chamar "Home, Sweet Home"!

A entrada e a esplanada do Pastis.
Lá dentro, o bar, ideal para um aperitivo enquanto se espera por uma mesa, isto se não estivesse completamente cheio!  Quando finalmente arranjámos um espacinho, a nossa mesa ficou pronta.
As vieiras, que estavam tão boas! Acho que foram as melhores vieiras que comi por cá!
O chevre gratinado, também muito bom!
E a tábua de queijos... Sim, depois do chevre ainda comemos todo este queijo...  Fazer o quê?! Eu e o Mr. Big não somos de muito alimento, mas somos de muito queijo!
As paredes do Pastis estão decoradas com estes espelhos/quadros de ar antigo.
O Pastis desfocado... Depois de tirar esta foto veio uma parva qualquer dizer que não podíamos tirar fotos! Eu olhei para ela com o meu ar arrogante e nem lhe respondi. Na verdade, o que me apeteceu foi esfregar-lhe a conta na cara e dizer-lhe que depois de deixar ali #*%& dólares era de muito mau tom dizer a um cliente que não podia tirar fotos! Mas preferi ignorar, afinal, a foto já estava tirada, ainda que desfocada... 

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O Halloween em Central Park

No domingo houve uma largada de abóboras no Central Park, mais concretamente, no lago de Harlem Meer, a zona mais a norte do parque. E claro que eu e o meu Mr. Big lá estivemos a admirar o espectáculo! No local esteve um especialista em esculpir abóboras, mostrando durante toda a tarde as técnicas para fazer a perfeita "Jack O'Lantern", o nome que se dá às abóboras iluminadas. 
Nos relvados havia contadores de histórias e ao fim do dia, depois de um desfile de máscaras para os mais novos, foram lançadas as abóboras. E qualquer pessoa podia participar, bastava entregar a sua abóbora esculpida no local onde iam ser lançadas. Em pleno lusco fusco, as abóboras foram lançadas à água e por ali andaram a iluminar o lago, foi um espectáculo bem engraçado! E nem um racun, aqueles bichinhos de rabo às riscas, faltou ao evento e assistiu do melhor lugar: no topo de uma árvore, longe da confusão dos humanos.
Como vêem, por aqui, o Halloween é levado muito a sério! 
O cão-abóbora!
Spooky Stories! A hora do conto assustador!
E o contador de histórias, super engraçado!
Surpreendemente, no Central Park também se pesca...
O escultor de abóboras no seu momento artístico! 
E o resultado!
Algumas Jack O'Lanterns já prontas para a largada.
Mais algumas obras de arte do escultor!
E a minha preferida!
Para as crianças havia pequenas abóboras e canetas especiais para decorá-las!

No Central Park, as cores do Outono já se fazem notar.
As pessoas concentram-se à beira do lago para assistir à largada das abóboras.
Uma casa no lago...
Tão fofinhos! Uma princezinha e o Buzz Lightyear à beira do lago!
Aquelas coisas cor-de-laranja na água são as abóboras! Eu sei que mal se percebe, o que significa que estou a precisar de uma objectiva própria para fotografar à noite! Nazaret, preciso da tua opinião profissional, tens de  me ajudar a escolher um objectiva!
Cá está o Racun em cima da árvore! Apesar de simpáticos e bonitinhos, estes bichinhos podem ser perigosos porque alimentam-se sobretudo de lixo e, por isso, podem ser portadores de doenças perigosas, como a raiva.
Aqui as abóbrinhas vêem-se um pouco melhor!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Um dia de Futebol Americano!

Na semana passada fomos convidados para um jogo universitário de futebol americano. Claro que aceitámos, porque é uma daquelas coisas que dificilmente teríamos a oportunidade de fazer noutro país que não os Estados Unidos!  Confesso que tinha muita curiosidade para saber mais sobre este desporto tão famoso por cá e por isso, sábado de manhã lá fomos nós para o Campus de Princeton, em New Jersey. A nós juntou-se um casal de ingleses, colegas do Mr. Big. O convite veio de um outro colega deles, americano, que pertenceu à equipa num dos anos em que esta venceu a liga universitária - 1995.
Quando lá chegámos, deparámo-nos com uma realidade completamente nova para nós! Alunos, ex-alunos, pais, filhos, centenas de pessoas juntas no Campus, fazendo picnics e confraternizando. As bagageiras abertas, cheias de cervejas, pacotes de batatas fritas, sandes gigantescas... Lado a lado estavam as tendas das equipas rivais - Princeton e Harvard - algo em que que o casal inglês não conseguia acreditar! Imaginem as claques de duas equipas rivais inglesas a escassos metros de distância... No mínimo, haveria cabeças partidas!
Mas neste país, aparentemente, a violência desportiva fica no campo. De facto, os americanos gostam de desportos violentos: futebol americano, hóquei, boxe, luta-livre. No entanto, são super cordiais fora de campo, o que é um pouco estranho para os povos europeus. Os ingleses estavam quase em estado de choque ao ver tantas crianças por ali e diziam que em Inglaterra é impensável levá-las a um jogo!
O colega americano do meu Mr. Big mede mais de dois metros de altura e tem umas mãos que devem ser o triplo das minhas! Com ele estavam outros colegas da equipa, alguns igualmente grandes e largos. Eles lá nos iam tentando inteirar das regras deste desporto e é incrível como um jogo que pouco mais parece do que andarem a atirar-se para cima uns dos outros pode ter tantas! 
Depois deste convívio inicial, fomos então ver o jogo que, acreditem ou não, tem três horas de duração! Achei piada quando ele nos contou que a meio do jogo já estavam todos cheios de fome! Tinha a ideia de que este era um desporto rápido, mas enganei-me redondamente porque as paragens são constantes e os jogadores estão sempre a sair e a entrar. Em campo estão 11 jogadores de cada equipa, mas fora de campo estão à vontade mais uns 50. Isto porque, dependendo de a equipa está a defender ou a atacar, os jogadores e as técnicas são completamente diferentes.
As três horas acabaram por passar depressa, apesar de eu continuar a perceber muito pouco de futebol americano! E depois, continuou a confraternização, e apesar do facto de a equipa anfitriã, Princeton, ter perdido o jogo, a festa continuou animada e parecia que já ninguém se lembrava daquela partida, revivendo as glórias passadas e os jogadores e equipas que ficaram para a história da Universidade, nomeadamente a equipa de 95! Nestes dias de jogo, o colega do meu mr. Big exibe com orgulho o seu enorme anel de campeão!
Quem é que não gostava de estudar numa universidade assim?! Que inveja...
Ex-alunos levam a família aos jogos e assim se gera uma cultura à volta de uma universidade! 
Antigos alunos e familiares não faltam aos jogos e actividades organizadas pela universidade.
O convívio antes do jogo.
Momentos de descontracção antes da partida.
Também nos juntámos à festa e 'atacámos' uma sandocha gigante e uma bela de uma cervejola!
A tenda de Princeton...
... E ao lado a de Harvard!
Os alunos da universidade, fervorosos apoiantes da equipa!
Chegámos a pensar que esta mascote estaria treinada para marcar o seu território na tenda dos adversários, mas nem isso!
As bandas das duas universidades andavam pelo Campus a tocar e a animar a malta! Esta é a de Harvard.
Mais apoiantes de Princeton a dirigirem-se para o campo de futebol. A mascote desta Universidade é o tigre e as suas cores são o laranja e preto.
O início do jogo.
E cá estão os jogadores. Aqui, Princeton na defesa e Harvard no ataque.
A acção continua...
Os jogadores em campo.
E os jogadores à molhada!
Aquela malta toda fora do campo são os restantes jogadores da equipa, que se vão revezando.
E claro que não podiam faltar as Cheerleaders!
Durante o intervalo, ambas as bandas tiveram o seu momento alto, actuando no centro do campo.
Até as garrafas de água têm a marca da Universidade!
Um miúdo que devia ter uns seis anitos a beber uma garrafa de bebida energética!
Depois do jogo a festa continuou, apesar da derrota.
E não faltava o que comer e beber! 

domingo, 24 de outubro de 2010

Hereafter, mais um grande filme de Clint Eastwood

Ontem à noite fomos ver a mais recente obra-prima de Clint Eastwood. Digo obra-prima porque para mim o cinema é, sem dúvida, uma forma de arte e ele é um génio na forma como dirige os seus filmes. Neste Hereafter, o difícil tema da morte volta a ser o centro da história, mas sem se cair no dramatismo da lágrima fácil. É antes a história de três pessoas tocadas de diferentes formas pela morte. Uma mulher que quase perdeu a vida no tsunami de 2004, um rapazito cujo irmão gémeo morre, e um antigo 'medium' que tenta fugir dessa maldição, em busca de uma vida dita normal. 
O que nas mãos de outro realizador podia resultar em algo desastroso, nas mãos de Clint Eastwood transforma-se num bom filme, com o tempo necessário para pensarmos e digerirmos um tema tão melindroso e que nos suscita sempre tantas dúvidas. 
A verdade é que já tinha saudades de um filme assim, com personagens densas e com um argumento capaz de me prender à cadeira durante duas horas e sem qualquer manifestação de sono. 
Já ninguém faz cinema como o Clint Eastwood, infelizmente.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Com um pé no fim-de-semana!


O bom da quinta-feira à noite é que já se está com um pé na sexta-feira, que marca o início do fim-de-semana. Por isso, há que aproveitar o embalo e começar logo aí a aproveitar. Como o meu Mr. Big tem andado a sair tarde do trabalho todos os dias, ontem mimou-me com um jantarinho delicioso no Fleming's, uma steakhouse toda catita, com uma grande vista para Nova Iorque.

Por cá, os empregados de mesa são os nossos melhores amigos e têm sempre qualquer coisa maravilhosa a dizer  acerca dos pratos que escolhemos. Claro que esta extrema amabilidade tem uma razão: as gorjetas! Estas andam entre os 15 e os 20% do valor da conta. E num bom restaurante, uma refeição pode ser carota, por isso, a gratificação será proporcionalmente elevada. De qualquer forma, um bom atendimento merece sempre ser recompensado! 
Quanto ao jantar, o filet mignon estava escelente! E ao estilo da nouvelle cuisine, na dose certa! O que é estranho é que a sobremesa, também divina, continha uma maior quantidade de comida do que o prato principal... E para acabar em grande, um belo expresso com uma casca de limão a acompanhar... Confesso que não percebi a ideia! Das duas uma, ou era para pôr dentro da chávena (como a rodela de limão no chá), ou para tirar o gosto do café no final... Deixo ao vosso critério.

A Lua estava tão bonita ontem ao fim do dia!
A vista do Fleming's.
Pãozinho quentinho!
O prato principal: filet mignon com espargos a acompanhar.
Boa carnucha pede bom vinho!
A mega-sobremesa: Lava Chocolate Cake, ou seja, Petit Gateau, com gelado e pistachios.
Cá está a bela da casca de limão! Weerd...